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é o fim do conteúdo lifestyle?

24 de out. de 2025

por Rafaela Varella, Diretora criativa da HAPU

por muito tempo, o lifestyle foi o conteúdo mais desejado da internet. feeds impecáveis, rotinas perfeitas e viagens de tirar o fôlego se tornaram o padrão do que era “inspirador”. mas, à medida que a geração z ganhou protagonismo, esse tipo de narrativa começou a perder força. o motivo? o aspiracional deixou de parecer alcançável — e passou a soar artificial.

do aspiracional ao autêntico

crescida em meio à hiperexposição, à pandemia e à sobrecarga digital, a geração z aprendeu rápido que a perfeição cansa. o que antes era referência virou ruído. hoje, o que engaja é o que parece real — mesmo que imperfeito.


essa virada de chave não é apenas estética, mas comportamental. o lifestyle deixou de ser sinônimo de luxo e passou a ser sinônimo de vida possível. a rotina, antes usada para performar sucesso, virou espaço de vulnerabilidade, descanso e autocuidado. não se trata mais de mostrar o que se tem, mas o que se sente.


o novo “desejável”

o desejo continua existindo — só mudou de forma. agora, ele mora nas pequenas coisas: o café da tarde, o pôr do sol da janela, o skincare sem filtro. a geração z transformou o cotidiano em cenário de expressão individual, e isso redefiniu o que significa viver bem.

nesse contexto, o conteúdo aspiracional perde espaço para o que é relatável, acessível e imperfeito. as pessoas não querem apenas se inspirar, querem se reconhecer. é o que explica o sucesso de trends como de-influencing, photo dumps e unpolished aesthetics: movimentos que celebram o simples, o sincero e o “real demais pra ser falso”.


o impacto para as marcas

pra marcas, essa mudança é profunda. não basta mais vender uma imagem — é preciso construir significado. o consumidor da geração z identifica quando o discurso é ensaiado ou quando a narrativa soa distante da realidade. a confiança, hoje, é um ativo de marca tão valioso quanto awareness ou alcance.

marcas que entendem esse novo contexto não tentam competir com o conteúdo da comunidade: elas criam junto. participam da conversa com naturalidade, usam a estética da plataforma e respeitam o ritmo cultural. a estratégia deixou de ser sobre perfeição visual e passou a ser sobre presença com propósito.


o lifestyle não acabou — ele só amadureceu

no fundo, o lifestyle não desapareceu, apenas mudou de tom. a geração z ainda busca referências, mas agora quer ver humanidade nas marcas e nas pessoas. o futuro do lifestyle é híbrido: aspiracional o suficiente pra inspirar, real o bastante pra conectar.


na hapu, acreditamos que o novo conteúdo de lifestyle é aquele que traduz a verdade do agora — com estética, contexto e afeto.

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