
31 de out. de 2025
por Rafaela Varella, Diretora criativa da HAPU
pra geração z, participar é o novo pertencimento. em uma era onde tudo acontece em tempo real, ficar de fora é quase sinônimo de desaparecer. o FOMO (fear of missing out), medo de perder algo, deixou de ser um sentimento individual e se tornou comportamento coletivo.
entre trends, drops e experiências limitadas, o FOMO molda o jeito como essa geração consome, cria e se conecta. e as marcas perceberam que, quando bem usado, ele pode transformar escassez em comunidade.
o desejo de fazer parte
pra gen z, consumir não é só comprar, é participar de um movimento. a experiência de estar presente (ou de registrar essa presença) virou símbolo social. o valor de um produto, muitas vezes, está menos no objeto e mais no momento que ele cria.
por isso, ações que ativam o senso de urgência, como lançamentos-relâmpago, coleções limitadas ou experiências temporárias, funcionam não pela falta, mas pela emoção compartilhada de estar junto.
quando o fomo vira estratégia
marcas como carmed x fini souberam transformar o FOMO em ferramenta de desejo. com estoque limitado e estética colecionável, o produto esgotou em horas e o que viralizou não foi apenas o item em si, mas o ritual de procurar, encontrar e postar.
esse tipo de escassez orquestrada cria um ciclo que a geração z entende bem: quanto mais raro, mais postável. o engajamento vem da sensação de exclusividade e da narrativa de pertencimento que se constrói em torno disso.
o novo luxo é o tempo
o FOMO também reflete uma ansiedade típica da era digital: a de estar sempre atualizada, conectada e presente em todas as conversas. mas no meio desse excesso, a geração z tem ressignificado o conceito de “luxo”, que já não é sobre o que se tem, mas sobre o tempo que se escolhe viver.
o verdadeiro diferencial das marcas que entendem o FOMO está em equilibrar urgência e propósito. é possível gerar desejo sem esgotar, estimular engajamento sem cansar, criar movimento sem ruído.
da urgência ao vínculo
no fim, o que move a geração z não é o medo de perder, mas a vontade de fazer parte. as marcas que conseguem provocar esse sentimento com verdade e contexto não só conquistam atenção, conquistam afeto.
na hapu, transformamos movimentos culturais como o FOMO em estratégia de marca. criamos experiências que conectam o agora com o que vem depois, porque a urgência passa, mas a relevância fica.



