
28 de ago. de 2025
por Rafaela Varella, Diretora criativa da HAPU
por muito tempo, a maquiagem foi associada à busca pela perfeição. esconder olheiras, disfarçar manchinhas, alcançar uma pele impecável, esse era o padrão. mas a estética mudou. o visual natural, cansado e imperfeito ganhou espaço e, com ele, surgiu a tired girl makeup, uma tendência que vai muito além do delineador borrado e do blush sutil.
o que esse novo visual comunica não é sobre falta de cuidado, mas sobre escolha. e revela, mais uma vez, como a geração z transforma vulnerabilidade em linguagem.
↳ exaustão como resistência estética
em um cenário hiperconectado, marcado por pressão estética e crises simultâneas, assumir o cansaço virou uma forma de protesto. ao invés de disfarçar, a gen z compartilha. o bem-estar performático perdeu espaço para uma estética mais honesta, que valoriza o que é real, mesmo que isso signifique parecer exausta.
↳ o imperfeito como narrativa coletiva
a tired girl makeup não é só uma estética, é parte de um novo jeito de contar histórias. photo dumps, vídeos lo-fi e produções caseiras mostram que a imperfeição pode ser um ponto de identificação. o cansaço virou símbolo de pertencimento e afeto compartilhado.
↳ a autenticidade como estratégia
para a geração z, o autêntico engaja mais do que o polido. marcas e creators que entendem isso e se comunicam com verdade conquistam espaço. mostrar vulnerabilidade deixou de ser fraqueza, virou conexão. e, nesse contexto, quem é real, se destaca.
a tired girl makeup é só mais um reflexo de um comportamento muito maior: a vontade de ser representado como se é, e não como se espera. quando o cansaço vira linguagem coletiva, é nesse ponto que consumo e cultura se encontram.

na hapu, traduzimos movimentos culturais em estratégias de marca com propósito e contexto. acompanhamos os códigos da geração z pra ajudar marcas a se conectarem com verdade, afeto e criatividade.
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